sábado, 12 de abril de 2008

AMOR SINCERO

Oh incontestável beleza humana
Como podes dominar-me assim
Transformando-me num objeto
Num poço de amor que não tem fim?

Quando lembro dos teus toques e carícias
Dos teus lábios indo ao encontro dos meus
Fecho os olhos e imagino por um segundo
O perfume desse amor que Deus me deu

Como uma mágica esse amor surgiu
Ocupou cada canto do meu ser
Ofertou-me momentos gloriosos
Proporcionou-me imensa alegria e prazer

Quando longe de ti, não Sou ninguém
Não passo de um pensamento a vagar
Sou uma luz em meio aos raios solares
Sou uma gota na imensidão do mar
´
Não se vá, doce flor perfumada
Vivamos juntos um amor verdadeiro
Por mais que outros entrem em teu caminho
Sempre terás a lembrança de que fui o teu primeiro

segunda-feira, 7 de abril de 2008

SUPERAÇÃO

Não me importo em dizer que me feri, pois descobri a superação. Descobri como passar por cima de obstáculos que jurei serem maiores do que eu. Descobri que sou mais forte do que os meus pesadelos e mais ágil do que as minhas recaídas. Descobri que para tirar as pedras que entram em meu caminho, basta abaixar e empurrar com as mãos.

Eu poderia ter vergonha em dizer que chorei, mas por quê? A felicidade não ensina. O que ensina é a dor. Cada sofrimento abre portas e fecha portas, possui um lado bom e um desagradável e começar a escolher novos caminhos e enxergar pontos positivos é, sem dúvidas, a estrada inicial para a libertação.

O problema é que quando sofremos entubamos a nossa consciência e perdemos a noção da realidade. Precisamos racionalizar, mesmo na dor, pois a razão é o melhor remédio para curar as feridas do coração.

Sofri, mas cheguei ao limite dessa história. Está na hora de encarar a realidade e avançar para uma nova fase. O que passou, apodreceu. Mas o que estar por vir cheira à felicidade!

domingo, 6 de abril de 2008

decepÇÃO

Eu acreditei nas pessoas. Pensei que o mundo poderia ser melhor e que poderíamos sofrer menos. Que um poderia ajudar o outro e depois também ser ajudado. Que malícia, egoísmo, egocentrismo e traição poderiam não existir de verdade.

Eu já pensei ser a pior das criaturas e cri que sentimentos negativos eram falsos privilégios meus. Acreditei em Amizade, Amor, Fidelidade, Respeito, Consideração e diversos outros sentimentos ou relacioamentos que me tornei um ser ingênuo e sonhador.

Eu não queria ser como sou. Se tivesse a chance da escolha seria rude, cruel, maldoso e descarado. Cínico na melhor das interpretações. Seria egoísta e não me importaria com os sentimentos ou sofrimentos alheios, mas me importo com os semelhantes. Importo-me com a fraternidade e com as permutas.

Aprendi que o pior dos sentimentos é o da traição. E que o pior defeito é a falsidade. Eu não sei como uma pessoa pode ser dissimulada. Como sorrisos podem ser falsos e promessas podem ser levianas. Eu não apenas não sei, como não me importo em saber.

Prefiro a ingenuidade, a ignorância ou mesmo a estupidez. Prefiro, inclusive, viver no meu mundinho, no meu podre e pequeno mundinho, a permitir uma aliança com a dissimulação. A me permitir experimentar desse fruto apodrecido que ofende e limita as pessoas.

Eu sou o que eu sou. Única e exclusivamente aquilo que sou. E o que sou é um homem decepcionado. Uma criatura que se decepcionou como outra qualquer não poderia se decepcionar igual. Pois ninguém acreditou tanto em palavras como o meu tolo coração sangrando.

sábado, 5 de abril de 2008

AGRADECIMENTO

Existem coincidências, não questiono. Quando vou ao banco e encontro a fila pequena, por exemplo, fui alvo de uma coincidência. Mas precisamos distinguir coincidência de curso divino. Precisamos ser menos cegos e aceitar que algumas coincidências são meios utilizados por Jeus para entrar em nossos caminhos.

Não há quem goste de pessoas invasivas e, por isso, Deus não se permite adentrar em nossas vidas de forma brusca. Deus quer que O aceitemos de coração aberto e a “coincidência” é uma forma de Jesus nos dar a chance da escolha entre sua aceitação ou sua negação.

Essa semana ouvi histórias sobre pessoas que passam por nossas vidas e que lamentavelmente negligenciamos sua presença. Histórias verdadeiras de como Deus intercede em nossos caminhos por meio das amizades.

Aqui, só, sinto-me mais vulnerável. Na verdade, não apenas me sinto, estou mais vulnerável, e o que ajuda a manter meu equilibrio menos desequilibrado é, sem dúvidas, o poder da amizade. Isso, claro, deixando de fora o amor que recebo de minha família, que nesse momento tem se mostrado impecável.

Mas como eu poderia explicar o aparecimento de pessoas incríveis em meu caminho? Como eu poderia justificar a paz que tenho em meu lar, se convivo com pessoas, até então, estranhas? Não poderia dizer ser coincidência, pois estaria menosprezando o trabalho que Jesus tem feito em mim.

Bom... mas o que eu realmente queria era deixar claro aqui minha gratidão por cada ajuda, cada palavra, cada puxão de orelha e por cada participação de cada um de vocês. Sou o que sou graças aos livros que li, a família que tive e aos amigos que escolhi para me guiar nas dúvidas. E, confesso, não poderia estar mais satisfeito.

Agradeço a todos, sobretudo, aos que me conhecem há tão pouco, mas, com tanta intensidade, que não saberia dizer se são amigos ou irmãos. Mas, não apenas agradeço, como deixo estampada a minha gratidão. Uma gratidão pura e ingênua. Certamente, vocês não são apenas pessoas que passam, pois as levarei comigo para onde a rua me levar.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

SAUDADE

Saudade é dor. Uma ferida provocada por uma ausência. Um incômodo profundo. Um nó na garganta, uma dor na barriga, algumas lágrimas e uma tristeza lá no coração. Fato: saudade machuca.

Pisa, tira o ânimo, entristece, mata. A saudade também mata. E mata por dentro, sem ferir por fora. A saudade é falsa?

Sofro por saudade. Quem não sofre? Ela é mais forte do que eu, admito. Puxa-ma para baixo, não me permite voltar para cima, rouba a felicidade, amarga a vida e sufoca todos os sentimentos.

Se quero sorrir, ela rouba o sorriso, mas se quero chorar, ela vibra por lágrimas. Quanta maldade! Seria mais simples contaminar apenas meu dia e acabar com alegria do momento. Mas… não… a saudade maltrata na pior intensidade. Castiga, crucifica e amedronta. Tenho medo da saudade?

Conheço seus truques, manhas, pontos fortes… Conheço sua ausência de pontos fracos e conheço sua traiçoeira forma de chegar de mansinho e, em segundos, ir de leve correnteza a forte tempestade. E mesmo sabendo de sua previsibilidade, sou tão indefeso que me transformo em uma vítima qualquer da saudade.

Mas o que acontece, Deus, o porquê de tanta saudade? Porque saudade é amor. É a mais pura expressão da vontade de se estar com alguém ou alguma coisa. A saudade é a principal e mais sincera demonstração do mais nobre dos sentimentos e não posso viver sem amar. O amor está dentro de mim e é, exatamente e somente, por isso que vivo a sentir TANTA saudade.
P.S.: Respondido?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

DOR

É... Tristeza é algo que não acaba. E não adianta lutar, pois perco tempo e força. A dor da tristeza é tão profunda que me vence a batalha antes de eu começar a luta.

Eu não sei o porquê de tanta dor. Muito menos, o porquê de uma simples mágoa acabar com tanta felicidade. Não há dúvidas: a vida é injusta.

Nessas horas, parece que Deus me abandonou. Melhor, parece que Ele nunca esteve presente e que é esse vazio que me torna tão vulnerável.

São tantas as razões para ser feliz, mas elas não funcionam. Perdi o prazer de viver. O prazer de descobrir e redescobrir uma vida nova, dia após dia.

Meu coração espatifou. Esfarelou-se e não me sinto capaz de passar por cima desse momento de angústia.

Sou apenas uma sombra vivendo em função de um corpo. Meu espírito e minh´alma, já não os sinto dentro de mim.

Estou preso à racionalidade. Não enxergo além do óbvio. Minha visão adoeceu e manchou meu coração. Minha vida amargou e a dor tomou conta do meu caminho. Um caminho de pedras e cacos.

Como pode, Senhor, uma fé perder para a racionalidade? Como pode uma mente se deixar bitolar pela pobre visão de um olhar. Preciso tanto de tua paz e misericórdia que, sem ti, sou somente mais um, em meio a mentiras e vulgaridades.

Se eu pudesse, choraria, mas estou seco. Corroído por tanta tristeza que me acomodei e agora não mais consigo levantar. Sinto-me caído. Fraco, pobre, pesado. Sinto-me vazio.

Sem palavras, termino. Meu raciocínio não acompanha a tristeza dentro de mim.